Mudanças climáticas e cidades
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Mudanças climáticas e cidades
Organizadoras: Elisangela Paim e Fabrina Furtado
Edição e preparação: Daniel Moreira
Revisão: Daniel Moreira e Sheila Jacob
Projeto gráfico, capa e diagramação: Angela Mendes
Ilustrações: Giulia Ferrari Ulbrich
Páginas: 88
Formato: 12,5x18cm
ISBN: 978-65-84735-47-7
Parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo.
Este quarto volume da coleção Politizando o clima: poder, territórios e resistências reúne reflexões para compreender a crise climática com base em múltiplas perspectivas interligadas, centralizadas nas cidades e no racismo. Abordando a injustiça social e racial da crise ambiental, os textos destacam as implicações desproporcionais sobre povos historicamente vulnerabilizados, em especial mulheres negras e comunidades tradicionais. A justiça climática, como eixo transversal, é discutida tanto no âmbito das desigualdades raciais quanto das políticas públicas brasileiras. Além disso, o livro traz um olhar crítico sobre o futuro da mobilidade urbana em meio à emergência climática, questionando os desafios energéticos e sociais envolvidos na transição para tecnologias elétricas.
O primeiro artigo deste volume, intitulado “Na mesma tempestade, mas não no mesmo barco: racismo, mulheres negras e clima”, é de autoria de Alexandra Montgomery. Com base inclusive em sua própria vivência, a autora parte da premissa de que a crise climática contemporânea, embora global e sistêmica, é resultado do fato de o poder incidir de maneira desigual sobre diferentes grupos sociais, afetando de forma desproporcional povos historicamente vulnerabilizados, como pessoas negras, mulheres, povos indígenas, comunidades tradicionais, entre outros. O texto centra-se nas experiências de mulheres e meninas negras residentes em áreas de risco, evidenciando como as desigualdades de ordem social, racial e de gênero intensificam os efeitos das mudanças climáticas sobre essas populações.
O segundo artigo do volume, intitulado “Para não ir pela enxurrada: enfrentar a crise climática é combater o racismo ambiental”, é de autoria de Gisele Brito. A autora discute a urgência de enfrentar a crise climática a partir do reconhecimento e do enfrentamento do racismo ambiental. O artigo apresenta argumentos sobre a centralidade da justiça climática no enfrentamento tanto das desigualdades raciais quanto dos efeitos das mudanças climáticas..
O terceiro artigo deste volume, intitulado “Entre o luxo e a emergência: SUVs elétricos sem motoristas e o futuro da mobilidade urbana”, foi escrito por Daniel Santini. O texto apresenta e analisa conceitos-chave para refletir sobre os rumos da mobilidade em um contexto de emergência climática, tema de especial relevância para o Brasil. O capítulo avança com considerações acerca do uso de energia e suas implicações, aborda o problema da produção e dependência excessiva de baterias, e alerta para o risco de uma transição marcada pela petromasculinidade e pelas zonas de sacrifício. Assim, conclui que a questão da mobilidade é fundamentalmente política, e não apenas técnica.
Por fim, o presente volume tem por objetivo convidar leitoras e leitores a refletirem de forma crítica sobre a profunda interseção entre a crise climática, a questão racial e as lutas sociais, reconhecendo que somente por meio de abordagens integradas, políticas e sociais será possível enfrentar os desafios ambientais contemporâneos de maneira verdadeiramente justa e transformadora.



















